Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Multidão lota IML para gritar "morre" e xingar casal (Folha)

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Com as TVs e rádios informando a todo o tempo o trajeto de Anna Carolina Jatobá, 24, e de Alexandre Nardoni, 29, das delegacias ao Instituto Médico Legal, uma pequena multidão foi se armando em frente ao local -bem em frente ao Hospital das Clínicas.

"Morre, desgraçado, covarde", vociferava o zelador Nelson Meirelles, 60, entre as mais de 200 pessoas na entrada do IML, onde os acusados eram esperados. "Morre, em nome de Jesus", gritava para a platéia de curiosos, que pouco viam além dos logotipos das emissoras nas costas dos cinegrafistas.

Mas quem por ali passava ficava, como se esperasse um cometa, ou algo raro.
"Também acho que foi a madrasta", disse Silvana Costa, 53, fazendo coro ao bochicho geral, mas assistindo ao empurra-empurra na sombra, com um lenço colorido na cabeça, uma cesta básica no colo e em uma cadeira de rodas -recém-saída de uma quimioterapia.

Os jornalistas criticavam o "teatrinho" da polícia para despistá-los. "Fui uma das enganadas pelo carro da polícia que saiu na contramão", dizia uma.

"Mas ela tem que passar por aqui, a não ser que tenha uma saída pelo bueiro", dizia outra, furiosa ao ver as imagens tremidas no visor da câmera de sua emissora.
Maria dos Santos, 59, ajeitava os óculos para se prevenir. Com ela, também de pé sobre a mureta, mãos e rosto contra a grade, os netos Lucas, 4 e João Vítor, 2. "A madrasta devia ser "dada" à população e linchada em praça pública", disse, olhando para Lucas. "Quem é a mais bruxa da história?", perguntou. "A madrasta", disse o menino.

A comoção geral estimulava links ao vivo, mesmo que pelo orelhão -onde Thaís Mendes, 30, correu para relatar tudo à mãe. "O Nardoni chegou, com cara de exausto. Foi ele, eu sei.

Ela está para chegar. Sim, xinguei, mãe. Tá chegando, vou desligar." Alarme falso. E Thaís está esperta. "Acredita que comecei a xingar de vagabunda e descobri que era a delegada?"

Só às 17h20, quando os carros saíram cantando pneu no asfalto da rua, no auge das vaias e gritos de "assassinos", é que o espetáculo acabou. Cinco minutos depois, o helicóptero se foi e as pessoas também.

A platéia foi transferida para o destino do casal, na casa do pai de Alexandre Nardoni, no Tucuruvi. Cerca de 100 pessoas se aglomeravam na porta da residência. Quando viam um movimento na casa, alguns xingavam e faziam sinais obscenos.
Quando um parte de Alexandre Nardoni deixou a casa, um grupo de pessoas, principalmente crianças, o seguiu até o carro e gritou "assassino." (Colaborou JOÃO PEQUENO)

> Caso Isabella.

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