Enem do servidor federal vai oferecer em 2024 mais de 7 mil vagas

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A partir de 2024 haverá uma prova nacional unificando o processo de seleção de servidores federais, um Enem dos Concursos”, como o objetivo de facilitar o acesso da população às provas, inclusive em cidades do interior. A primeira prova será realizada no dia 24 de fevereiro.  A estimativa de vagas é de mais 7 mil no primeiro ano do concurso, Provas serão simultaneamente em 179 cidades das 5 regiões Cada ministério poderá decidir se vai aderir a esse modelo ou fazer os concursos por conta própria. O exame acontecerá ao mesmo tempo em 179 municípios, sendo 39 na Região Norte, 50 no Nordeste, 18 no Centro-Oeste, 49 no Sudeste e 23 no Sul. Haverá duas provas no mesmo dia. Uma com questões objetivas, comum a todos, e outra com perguntas específicas e dissertativas, divididas por blocos temáticos. Os candidatos para Trabalho e Previdência farão a mesma segunda prova, por exemplo; já os candidatos para Administração e Finanças Públicas, outra. As vagas abrangem os seguintes setores: Administr

Mulheres foram ordenadas até o século 12, afirma teólogo historiador

do IHU On-Line 

GaryMacy Gary Macy (foto), jesuíta, professor de teologia na universidade Santa Clara, confiada à Companhia de Jesus, nos Estados Unidos, disse aos participantes de uma conferência na Vanderbilt University Divinity School, em Nashville, Tennessee, que existe um espaço de dúvidas históricas sobre o fato de mulheres terem sido ordenadas na Igreja católica até o fim do século XII.

A conferência de Macy, intitulada "Um chamado superior para as mulheres? Perspectivas históricas na Igreja católica", foi apresentada na Benton Chapel, no campus da universidade.

A nota publicada pela universidade descreveu a conferência desta forma: "A própria ideia da ordenação de mulheres na Igreja Católica Romana é descartada por muitos como contrária à doutrina básica da Igreja. Gary Macy, detentor da cátedra John Nobili SJ de teologia na Universidade Santa Clara, afirma que as evidências históricas são impressionantes, no sentido de que, durante grande parte da história da Igreja, a ordenação de mulheres foi um fato".

Macy assumiu seu cargo na Universidade Santa Clara em setembro de 2007. Antes disso, lecionou na Universidade de San Diego por 29 anos. "Em San Diego, Dr. Macy publicou diversos livros e mais de 20 artigos sobre a teologia e a história da Eucaristia e sobre a ordenação de mulheres", afirma a Universidade Santa Clara. Entre seus livros está "The Hidden History of Women's Ordination" [A história oculta da ordenação de mulheres, em tradução livre], de 2007.

De acordo com Macy, até a metade do século XII, as mulheres eram ordenadas diaconisas, serviam como bispas, distribuíam comunhão e até ouviam confissões. "As mulheres eram cogitadas para a ordenação como qualquer homem. Elas eram consideradas parte do clero", disse.

Na metade do século XII, disse Macy, uma mudança profunda ocorreu na compreensão da Igreja com relação ao conceito da ordenação, como uma consequência de considerações políticas, já que a Igreja buscava proteger sua propriedade dos senhores feudais ao inventar "uma classe clerical separada".

Teólogos chegaram a considerar as mulheres como "metafisicamente diferentes de outras pessoas". Por isso, pelo simples fato de serem femininas, as mulheres eram consideradas incapazes de ser ordenadas. "As mulheres nunca foram ordenadas, não são ordenadas agora e nunca poderão ser ordenadas", disse Macy, referindo-se à posição que os canonistas assumiram.

Desse ponto de vista da história, disse Macy, a ordenação feminina é uma questão histórica factual, mesmo admitindo que o problema teológico é uma questão em separado. No entanto, afirmou, "no final do século XII, o debate acabou".

A mudança no pensamento da Igreja sobre a ordenação de mulheres apresenta um dilema para os teólogos, disse Macy, porque, se as ordenações de mulheres durante os primeiros 1.200 anos da Igreja não foram "reais", então "os homens também não foram ordenados". Ele disse que a mudança de pensamento sobre a questão ocorreu como consequência de uma "virulenta misoginia" influenciada por Aristóteles.

Para ilustrar seu problema com a ideia de que as mulheres são metafisicamente diferentes dos homens, Macy apresentou a questão: "É possível ordenar um hermafrodita?". Ele respondeu sugerindo que, se um hermafrodita for biologicamente mais masculino do que feminino, sim, pode ocorrer uma ordenação válida. Mas, se a pessoa for mais feminina do que masculina, as ordenações "não ocorrem", disse.

Durante o debate após a sua conferência, perguntaram a Macy se ele tinha "esperança" com relação ao papel futuro das mulheres na Igreja. "Eu estou muito esperançoso", disse. "Eu sou muito otimista" porque há "uma nova estrutura emergindo" dentro da Igreja. "Eu não espero mais que alguma mudança venha dos bispos ou do papado", disse Macy. "Mas está bem. No passado, a mudança não veio deles, e não tem que vir deles agora. E, quando a mudança ocorrer, já se sabe o que eles vão dizer: 'Essa é a maneira que nós sempre fizemos'".

Macy indicou que 80% dos trabalhos nas paróquias são realizados por leigos e que 80% deles são mulheres. Com relação aos padres ordenados, "eles estão desaparecendo", disse.

"O Espírito Santo está vivo e bem", disse Macy. "E o que Ela quer, Ela consegue".

> CNBB censura texto em que padres pediam fim do celibato obrigatório. (abril de 2008)

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